AML participa do Encontro de Professores e Estudantes Escritores

O Encontro reuniu dezenas de participantes e destacou a participação do artista Victor Meirelles - ator, escritor, doutorando, palestrante, arte educador, jornalista e ativista cultural, que apresentou a palestra Bullying: Qual é a Graça...

Com seis associados, a Academia Macaense de Letras (AML) participou do II Encontro de Professores e Estudantes Escritores, realizado pelo Centro de Formação Professora Carolina Garcia, da secretaria Executiva de Ensino Superior de Macaé, nesta segunda-feira (20), no Auditório Claudio Ulpiano, da Cidade Universitária. O evento objetivou divulgar produções literárias de docentes e alunos da rede pública municipal e fomentar o acesso ao conhecimento por meio de obras publicadas ou inéditas. Os participantes foram credenciados e recepcionados com café coletivo.

O Encontro que reuniu dezenas de participantes destacou a participação do artista Victor Meirelles (ator, escritor, doutorando, palestrante, arte educador, jornalista e ativista cultural), que apresentou a palestra "Bullying: Qual é a Graça?", título de seu livro. Na programação constaram quatro mesas temáticas: Mesa I - Fácil ou difícil escrever, poetizar, narrar, descrever; Mesa II - Publicar os escritos… Caminhos? Como fazer? Com quem contar; Mesa III - Experiências e oportunidades para além de ser escritor e escritora; Mesa IV - Fácil ou difícil escrever, poetizar, narrar, descrever. Participaram das Mesas os escritores da AML: Gerson Dudus, Zaira Gonçalves, Gabriela de Oliveira, Rildo Loureiro, Isac Machado, e Dayana de Souza.

O evento foi aberto pelo professor, jornalista e escritor da AML, Gerson Dudus, que felicitou todos os poetas pelo seu dia (20 de outubro) e recitou um poema de sua autoria. Num segundo momento, o professor contou aos participantes sua prática com trabalhos feitos em Macaé. "É muito bom a gente poder contar nossas experiências e poder falar da diversidade que você possa ter ao fazer poesia de tudo quanto é jeito, da questão da relação entre a realidade e a poesia, da realidade política e a realidade social. Tudo isso entra na escrita da poesia. É gratificante contar as experiencias que a gente pode produzir aqui dentro da cidade", ressaltou.

A associada da Academia Macaense de Letras (formalmente eleita e empossada) e escritora Zaira Gonçalves, professora da E. M. Ignácio Hugo de Souza, contribuiu com a Mesa II, abrindo o colóquio. Ela citou os caminhos que percorreu como professora e escritora de vários livros e ensinou que é melhor editar antes de enviar para a gráfica, mostrando as dificuldades e apontando ainda, para a produção independente. "Eu mostrei aos participantes as minhas publicações e as formas que temos para publicar que não é fácil, mas existem caminhos que possibilitam isso. Hoje, faço produção mais independente, porque edito e ilustro as minhas obras e quando envio para a gráfica a impressão e publicação ficam muito mais fáceis e em conta -, revelou.

Nessa mesma Mesa, a escritora Gabriela de Oliveira, professora da Rede Municipal há 13 anos – atualmente lotada na E. M. Paulo Freire, e também servidora da Rede Estadual há 18 anos, compartilhou parte de sua trajetória de vida, retratada no livro "Histórias Memoráveis" – Como pessoas comuns transformam fraquezas em forças, além de relatar experiências marcantes em sala de aula. Premiada nacionalmente no Conedu na Escola, com um projeto desenvolvido na E. M. Paulo Freire, na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), Gabriela é coautora de oito obras literárias e autora do livro infantil "A Turma do Dinos", voltado à promoção da Comunicação Não Violenta nas escolas. Na sua fala, a escritora anunciou ainda, o lançamento da obra "Histórias que Transformam", uma coletânea escrita por mulheres que decidiram transformar suas dores em força, seus desafios em aprendizado e sonhos em movimento, que será lançado nesta quinta-feira, 23, às 19h, no Hotel Dulac, em Macaé.

Da Mesa III - Experiências e oportunidades para além de ser escritor e escritora, participaram quatro professores/escritores da AML - Rildo Loureiro do C. M. Wolfango Ferreira, Isac Machado, da E. Técnica M. Natálio Salvador Antunes e Dayana de Souza e sua aluna Duda Gamboa, do CAP. O professor de literatura e escritor, Isac Machado, explicou aos participantes que não é tão difícil publicar um livro, desde que seja uma produção independente. "As coisas funcionam bem mais fáceis com a produção independente, isso porque você vai bancar o seu livro fazendo uma tiragem pequena e assim um livro acaba bancando o outro. Nessa brincadeira eu já publiquei 48 livros. Agora, quando se faz uma tiragem de uns duzentos livros, por exemplo, se corre o risco dos exemplares ficarem encalhados. Acho que esse é o caminho seguro, principalmente, para iniciantes", sugeriu.

Rildo Loureiro, professor, poeta e escritor associado da AML, falou da sua alegria em participar do Encontro. Ele destacou os trabalhos da Academia Macaense de Letras. "Como professor da Rede Pública e Privada é uma alegria estar aqui para compartilhar nossa experiência. Participo de várias antologias poéticas, das Bienais de livro do Rio de Janeiro e de São Paulo e de outras da Regiões. Contei na Mesa que faço parte da AML, que começou na década de sessenta, criada por Antônio Alvares Parada (autor do hino de Macaé) e se extinguiu nos anos 70, sendo composta por 40 homens. Agora, de uns dois anos para cá a AML está sendo resgatada por um grupo de oito mulheres e iniciado pela professora Ivania Ribeiro. A AML segue o modelo francês de 40 lugares, sendo 30 permanentes em Macaé e 10 correspondentes que podem ser de outros municípios, estados ou mesmo países. Já temos uma comissão eleitoral para formar nossa diretoria em 2026", informou.

Para a escritora Dayana de Souza (AML), participar desse II Encontro, foi gratificante. "Tive a honra de estar aqui com minha aluna do terceiro ano. Falamos da nossa experiência na disciplina da Escola de Escrita Criativa e do livro que a turma conseguiu fazer e ainda, que faremos uma publicação no KPD da Amazon. Muito bom compartilhar essas experiências aqui e saber que existe um espaço para a literatura no contexto educacional", afirmou.

Mota Coqueiro e o crime de Macabu como destaque - O professor Marcelo Abreu, da E. E. M. Polivalente Anísio Teixeira, que participou da Mesa II, abriu sua fala com a frase "A história é essencial. Conhecereis a história e ela vos libertará. Precisamos da história para sobreviver". Marcelo é professor há 33 anos na Rede Municipal de Ensino e tem pesquisado a história da cidade e região. Na mesa, ele revelou seus caminhos como escritor, revelando que seu primeiro livro contou com a ajuda institucional. Incentivou a leitura de um clássico chamado "Os Miseráveis" e do livro regional "Evocações crime célebre de Macaé", organizado por ele que relata fatos e o processo crime do assassinato da família de Francisco Benedito, ocorrido por volta de 1852. O crime, ficou conhecido como o "Crime da Fazenda do Abacaxi" ou "Crime de Macabu" e levou à condenação e execução de Manuel da Motta Coqueiro, um fazendeiro local. A história ganhou grande notoriedade na época e, posteriormente, tornou-se um marco no debate sobre erros judiciários e a pena de morte no Brasil, sendo inclusive a inspiração para o romance "Motta Coqueiro ou A Pena de Morte", de José do Patrocínio.

Lançamento - Durante o Encontro de Professores e Estudantes Escritores, houve o lançamento do livro "Fios de Ouro em Segredo", de autoria da escritora Lídia Soares Pereira, professora do Ensino Fundamental da Rede Pública de Macaé (E.M. de Córrego do ouro), mestra em educação pelo Programa de pós graduação em Processos Formativos e Desigualdades Sociais da RFRJ e Especialista em Psicopedagogia e Orientação Educacional, entre outras. O livro visa analisar narrativas de professores dos anos iniciais do ensino fundamental que atuam com alunos identificados com possíveis dificuldades de aprendizagem.

No encerramento do evento, coube ao artista, ator e escritor, Victor Meirelles, doutorando, palestrante, arte educador, jornalista, arte ativista e ativista cultural, discorrer sobre seus livros que falam do bullying. Meirelles, como descendente de pataxós e iorubás, carioca da gema, cria do Complexo de Favelas da Coreia, Senador Camará, Zona Oeste do Rio de Janeiro, sofreu na pele o bullying desde criança e resolveu se aprofundar no tema, elucidando em texto literário a verdade sobre o assunto através do seu livro "Bullying: Qual é a Graça?". O bate-papo com a plateia dirimiu as dúvidas dos estudantes que participaram.

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Lourdes Acosta.

Jornalista/Escritora

DRT/MTE 911 MA

Macaé, 21/10/2025.

Tamoios exibe a 1ª Mostra de Dança Regional

A mostra contará com apresentação de balé clássico, dança contemporânea, Jazz, danças populares, de salão, de rua e ministerial, com a participação de grupos, escolas de dança de várias cidades...

A 1ª Mostra de Dança Regional do distrito de Tamoios acontece no próximo dia 25 e terá como palco o Ginásio Poliesportivo. O evento que valoriza a dança e os talentos regionais é fruto de parceria entre o Instituto Cultural e Artístico Nacional Passos do Futuro e o Grêmio Recreativo do Samburá, através da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) e o apoio da prefeitura de Cabo Frio, pela Secretaria Municipal de Cultura.

A mostra contará com apresentação de balé clássico, dança contemporânea, Jazz, danças populares, de salão, de rua e ministerial, com a participação de grupos, escolas de dança de outras cidades além das de Cabo Frio que já confirmaram participação.

Em paralelo, a plateia poderá contar com a feira de sapatilhas, artesanato economia criativa e praça de alimentação. A classificação é livre e o ingresso será um quilo de alimento não perecível.

A Coordenadora Geral do Instituto Cultural e professora de dança, Danielle Vasconcellos destacou a importância do evento para a valorização dos talentos.

- A ideia da Mostra de Dança surgiu do desejo de valorizar os talentos da nossa região e fortalecer o cenário da dança em Tamoios. Eu sempre acreditei que a arte transforma vidas e percebi que seria importante criar um evento que reunisse diferentes escolas e grupos, mostrando o quanto temos artistas incríveis aqui. A Mostra nasceu desse sonho de promover integração, cultura e valorização da dança local -, ressaltou.

O Grêmio Recreativo do Samburá, que também é parceiro do evento, tem desenvolvido vários projetos sociais em Tamoios, oferendo dignidade e trabalho comunitário aos moradores do seu entorno, com aulas gratuitas de Jazz e balé para toda a comunidade além de danças populares que são realizadas no Instituto Passos do futuro. Para a administração do grêmio, a realização da Primeira Mostra de Dança Regional de Tamoios, que é uma grande celebração da cultura e do poder transformador da dança.

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Texto/Redação: Jornalista Tania Garabini

Por aqui na edição Lourdes Acosta

Jornalista Profissional / DRT/MTE 911 MA.

Macaé, 14/10/2025.

Professora de Macaé é embaixadora do Rio no Conedu 2025

A embaixadora de Macaé no Conedu 2025, além de professora da rede de ensino é escritora associada na Academia Macaense de Letras (AML)...

A professora da Rede Municipal de Educação de Macaé/RJ, Gabriela Oliveira, que participou do XI Congresso Nacional de Educação – Conedu 2025, realizado entre os dias 3 e 5 de outubro, em Recife (PE), foi selecionada como embaixadora do Estado do Rio de Janeiro. O evento, reconhecido como o maior encontro pedagógico do Brasil, teve como propósito promover a troca de experiências, o diálogo sobre práticas inovadoras e o fortalecimento da educação como ferramenta de transformação social.

Foram milhares de professores, pesquisadores e estudantes de diversas regiões do país reunidos em palestras, oficinas e apresentações de trabalhos científicos e pedagógicos. Entre eles, 25 educadores foram escolhidos para representar suas regiões como embaixadores do CONEDU 2025, simbolizando a diversidade e a força da educação brasileira. Do Estado do Rio de Janeiro, as representantes são Gabriela Oliveira (Macaé) e Ana Beatriz Siqueira (Rio de Janeiro).

- Participar do CONEDU é sempre uma oportunidade de aprendizado e inspiração. Ser selecionada como embaixadora representa o reconhecimento de uma trajetória comprometida com a educação pública e com o poder que o conhecimento tem de transformar vidas -, destacou Gabriela.

Trajetória - Gabriela Oliveira é professora, palestrante e escritora, integrante da Academia Macaense de Letras (AML). Graduada em Letras (Português Francês) pela UERJ, é especialista em Língua Portuguesa, mestre e doutora em Estudos da Linguagem pela UFF, além de possuir MBA em Gestão Empreendedora com ênfase em Educação.

Em 2022, foi vencedora do Prêmio Nacional CONEDU na Escola, com o projeto “Alunos protagonistas, alunos presentes”, desenvolvido na Escola Municipal Paulo Freire, no bairro Lagomar, com turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Agora, em 2025, celebra uma nova conquista, representando Macaé/ Rio de Janeiro como embaixadora do CONEDU.

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Lourdes Acosta.

Jornalista/Escritora

DRT/MTE 911 MA

Macaé, 06/10/2025.

Começa a conferência do clima no Brasil

O evento reúne líderes de 170 países e mais de 50 mil participantes para debater soluções contra o aquecimento global e de combate à crise c...