Por que a queima de fogos para celebrar o Réveillon

O costume de celebrar a chegada de um novo ciclo no calendário é velho, mas a queima de fogos é nova. A festa da passagem existe há mais de 4 mil anos e o primeiro povo a celebrar foram os da Mesopotâmia, área que corresponde hoje aos territórios de Iraque, Kuwait, Síria e Turquia. Por dependerem da agricultura para sobreviver, eles celebravam o fim do inverno e início da primavera, época em que se iniciava uma nova safra de plantação. Já o termo Réveillon, usado em várias partes do mundo para descrever a festa de véspera de Ano Novo, é mais recente e surgiu no século 17, na França, representando festas da nobreza que duravam a noite toda.

O Réveillon brasileiro tornou-se uma das maiores festas de ano novo, com ênfase ao que ocorre na cidade do Rio de Janeiro, que historicamente começou nos anos 1970. Em proporções bem menores, umbandistas, dessa época iam para a Praia de Copacabana, vestidos de branco, para saudar Iemanjá com oferendas levadas ao mar antes da meia-noite. E, como um sincretismo religioso, reunia não só os umbandistas, mas, também ateus, católicos, crentes, budistas e muitos outros. Copiado por quase todos os estados brasileiros, o Réveillon ainda é a festa que reúne nas orlas o maior número de pessoas, depois do carnaval.

Com relação à queima de fogos, esta tem se tornado uma tradição em todos os lugares. No Estado do Rio de Janeiro, tem atraído milhares de pessoas para as orlas marítimas nos finais de ano. Para se ter uma ideia, somente em Copacabana (bairro zona sul do Rio) poderá reunir neste final de ano (2021/2022) mais de 1 milhão de pessoas. Além disso, haverá fogos de artifício nos bairros Flamengo, Barra da Tijuca, Recreio, Piscinão de Ramos, Ilha do Governador, Igreja da Penha, Parque Madureira, Bangu e Praia de Sepetiba.

Muita gente pegou a estrada para apreciar a queima de fogos da Região dos Lagos ou Costa do Sol. No ranking dos destinos mais procurados para o Réveillon 2022, depois de Copacabana estão as cidades de Cabo Frio (2°), Armação dos Búzios (3°), Arraial do Cabo (4°), Macaé (5°) e Rio das Ostras (9°). Somente Cabo Frio irá deter mais de 800 mil pessoas.

História dos fogos – Foi na década de 1980. Começou no extinto hotel Meridien, do alto dos 39 andares, uma cascata de fogos de artifício era lançada e descia pelo arranha-céu. A queima de fogos foi criada pelos empresários Ricardo Amaral e Mariu’s. Outros hotéis, vendo que essa ideia aumentava o movimento do turismo, passaram a adotar a prática. Com o passar do tempo, a festa só cresceu. Em 1990, iniciaram-se os shows nas areias de Copa, o que descaracterizou um pouco a festa religiosa junto ao mar e a queima de fogos. Entretanto, os shows artísticos nas praias e a queima de fogos, aliadas, continuam atraindo até hoje, milhares e milhares de pessoas...

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Jornalista Lourdes Acosta

DRT/MTE 911 MA.

Macaé, 31/12/2021.


Escritora maranhense lança livro de genealogia nos próximos dias em São Luís


Duas grandes famílias e os amantes da literatura maranhense irão ganhar uma obra épica que viajou aos antepassados, final do século XIX e começo do século XX, para buscar e resgatar as origens, a ascendência e a descendência de mais de três mil pessoas oriundas da Baixada Maranhense, com suas histórias de vida reais, contos e tradições. Trata-se do livro “Árvore Genealógica dos Duartes e Pintos do Maranhão”, que será lançado no próximo dia 10, às 18h, no Centro Educa Mais João Francisco Lisboa (CEJOL).

A narrativa da autora maranhense, jornalista Lourdes Acosta, radicada em Macaé/Rio de Janeiro, há mais de 20 anos, é entremeada de dados resultantes da metodologia de pesquisas “in loco” e online, através dos depoimentos e entrevistas que vêm sendo coletadas desde 2017, após o primeiro encontro entre os Duartes e os Pintos. O conteúdo descrito está repleto de aspectos socioeconômicos, geográficos e históricos da Região nos séculos XIX e XX, principalmente, do município de São João Batista. A autora utiliza uma linguagem jornalística, com referências bibliográficas e fontes que servirão como documento de identificação e pesquisa familiar. Em seu formato, a mostra literária revela ainda, as características das localidades e da paisagem em que as primeiras famílias fincaram os pés.

O patriarcado - O livro começa a partir da chegada de um português na Baixada Maranhense, que se encantou por sua escrava desposando-a e dando início a extensas proles dos Duartes. O registro de entrada do patriarca Duarte no Brasil, foi encontrado no acervo digital do Museu da Imigração do Estado de São Paulo. A história dos Pintos é oriunda de um caboclo nativo, também descendente de raízes portuguesas, que ramificou sua espécie em meios aos engenhos de cana da época, estendendo-a nas terras que arrendava e que ainda hoje, em pleno século XX, perpetuam na Região.

De acordo com a professora e crítica literária, Niedja Duarte do Nascimento Moraes, esse projeto que foi alinhavado em 2017, quando parte das famílias que residem em São Luís se reuniram para tentar resgatar não somente a ascendência, mas, um pouco da história de seus ancestrais. “Todos ganham com a pesquisa – as famílias que configuram como pano de fundo para o desenvolvimento da obra e os leitores que valorizam a literatura maranhense”, frisou. Já o jornalista, diretor teatral, cineasta e produtor cultural, Jean Bottentuit Duarte, sustenta que “a coletânea de informações formatada no livro é de uma leitura imprescindível, além de prazerosa, pois vem contribuir para o enriquecimento intelectual e cultural de cada leitor, desenvolvendo seu senso crítico e despertando-o para novas experiências”.

O tenente aposentado da Marinha, Waldenir Duarte Reis, um dos maiores incentivadores do registro literário diz que a obra vem de encontro às indagações familiares e que foi preciso um esforço conjunto. “Nossas famílias sentiram a necessidade de buscar suas origens, então, solicitamos à nossa prima, que além de jornalista e pesquisadora, possui uma veia literária já tendo lançado seu primeiro livro. Somado a isso, a contribuição financeira de muitos nos permitiu editar e imprimir, e agora após uma parada de quase dois anos, em virtude do auge da pandemia de Covid 19, que não nos permitiu aglomerar é que sai o nosso livro tão sonhado”, revelou.

- Para nós que fazemos parte das famílias Pinto, está sendo um momento ímpar. É maravilhoso e gratificante saber que teremos registrado as nossas origens, pois a família é uma construção de amor, gratidão e união. Foi muito bom estarmos juntos durante todo esse período de construção do nosso livro e devemos isso à nossa prima escritora que se dedicou com muita maestria para construir e finalizar a obra. Espero que todos nós possamos nos encontrar e confraternizar no momento do lançamento. Todas as famílias têm diferenças, mas a essência é pura e verdadeira –, ressaltou a pedagoga Lucília Pinto Dias.

Primeira edição – O livro “Árvore Genealógica dos Duartes e Pintos do Maranhão”, tem o selo da Garcia Editorial Ltda., de Juiz de Fora/MG, que editou e imprimiu, sob o comando de Ismael Garcia, que possui quase 10 anos de sucesso no mercado editorial. A Garcia já se consolidou como uma das editoras que mais favorece a publicação de livros de novos escritores.

Serviço:

Lançamento do livro “Árvore Genealógica dos Duartes e Pintos do Maranhão”.

Autora: Lourdes Acosta / Data do evento: 10/12/2021.

Local: Centro Educa Mais João Francisco Lisboa (CEJOL)

Endereço: Rua Grande, 954. Diamante. São Luís – MA.

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Jornalista Lourdes Acosta

Foto: L.A.

Macaé/RJ, 03/12/2021.

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