O Festival
de Literatura e Cultura de Macaé (Flicmac), que está acontecendo em Macaé,
nesta semana de terça-feira (7) a sábado (11), das 8h às 20h, no Parque de
Exposições Latiff Mussi, com o objetivo de incentivar a leitura, tem
apresentado a cada dia importantes nomes da literatura brasileira. Os autores
macaenses estão presentes com a mostra de seus títulos que variam entre contos,
poesias, crônicas e outras narrativas.
É preciso ressaltar
que o Flicmac tem oportunizado também encontros do público com escritores os
famosos como: Vi Lúdico, João Diamante, Pretinhas Leitoras, Conceição Evaristo,
MV Bill, Celso Sisto, Miguel Paiva Cartunista e Rapha Pinheiro Quadrinista,
Júlio Emilio Braz, Rodrigo França, Eliana Alves Cruz, Estevão Ribeiro e Thalita
Rebouças.
Centenas de títulos
literários estão sendo apresentados por várias editoras no ‘Espaço do Saber e
do Conhecimento’ e são em grande parte, dedicados ao público infanto-juvenil. No
mesmo espaço concentra-se o grupo de escritores macaenses natos ou radicados,
formado por 50 autores de livros/escritores.
A prata da
casa na Flicmac - Entre os escritores macaenses presentes na Flicmac estão:
Giselle Souza, Alexandre Bordalo, Carlos Mentor, Conceição de Maria, Aline
Andrade, Ana Paula Figueira, Bia Fernandes, Gi Germano, Gilliard Viana, Lourdes
Acosta, Sonia Santos, Carla Santana, Gil Lourenço, Zaira Gonçalves, Antônio
Mucio e outros 35 autores da Região. Destacamos quatro títulos que chamaram a
atenção do leitor em busca entretenimento literário nos três primeiros dias.
São eles:
“Viver é
complexo – Saindo do inferno”. A obra literária é uma narrativa de um
dependente (quadrinho que apresenta a realidade de muitos jovens destruídos
pelo tráfico de drogas). De coautoria entre o professor Gilliard Viana e
Ricardo Lavra Lima. O professor, de 49 anos de idade é natural de
Guaxindiba/Campos dos Goytacazes e vive em Macaé há 21 anos, radicado no bairro
Nova Holanda. É poeta, escritor, dramaturgo, diretor de curta-metragem e
roteirista de tirinhas e histórias em quadrinhos. Possui licenciatura em Letras
– Português e Literatura (Fafima) e Filosofia (FCA), pós-graduado em Língua
Portuguesa Contemporânea (Fafima) e concludente de bacharelado em Teologia
(PUC/RJ). Atualmente, ministra Língua Portuguesa em escolas da Rede Estadual. Ele
diz que começou a respirar literatura aos 18 anos, quando escreveu seu primeiro
livro denominado “Respirando poesia”. De lá para cá vem escrevendo teatro,
contos e curta-metragem, entre outros. Gilliard trouxe também para o Flicmac o
livro “No limite do pensamento”, uma
coletânea de poemas com teor existencial.
“A
oportunidade do grito”. Um livro de crônicas, da autora Sonia Maria Santos,
natural de Niterói, mas, macaense de coração há 30 anos, quando enveredou na
área literária. O livro tem como tema a mulher crioula em seu cotidiano, universalizando
o humanismo das Ilhas de Cabo Verde. Sonia é professora de literatura
portuguesa e africana, aposentada. Formada em Jornalismo (FACHA), graduada e
mestra em Letras (UFF) e doutora em Letras Vernáculas (UFRJ). Foi assessora da
Reitoria da Universidade Lusófona de Guiné-Bissau (África), onde criou um curso
de Letras, Português/Francês. Em Macaé, foi criadora de dois cursos Lato Sensu
e de uma coordenadoria de Igualdade Racial. De volta ao Brasil e
especificamente Macaé, lança agora, seu primeiro livro. A escritora também
trouxe para o festival de literatura “O Pensamento de/por Mulheres Negras”,
organizado por Joselina da Silva.
“Pedaços de
mim”. É um livro de poesias, de autoria de Conceição de Maria, escritora, poeta
e militante ativa de manifestações culturais, sindicais e movimento negro.
Formada em Letras e MBA Gestão em
Políticas Públicas. Já foi coordenadora do departamento de Cultura do
Sindipetro NF e de Políticas Sociais e Igualdade, da secretaria de
Desenvolvimento Social Direitos Humanos e Acessibilidade (SDSDHA). Conceição,
que traz para o festival “Pedaços de mim”, anunciou um novo lançamento para
breve. Trata-se da obra literária chamada “Travessia”.
"Laços
de História". De autoria do escritor cronista e jornalista Alexandre
Bordalo. Macaense nato, Bordalo é formado em Comunicação Social/Jornalismo pela
PUC/RJ. O livro Laços de História é uma mostra das diversas atividades
históricas ocorridas em Macaé, que podem ser lidas em forma de reportagens. As
matérias jornalísticas retratam, por exemplo, o sítio arqueológico da Ilha de
Santana, a antiga Igreja de São João Batista e a recuperação de imagens sacras
do século XVIII na igreja de Sant'anna. O escritor expõe ainda na banca dos
autores o livro "Crônicas do Bordalo", um livro composto de 43 textos
que tratam de humor, espiritualidade, otimismo, superação, gratidão,
descontração e brasilidade. Tudo isso retratando o cotidiano. Há textos que
emitem conforto e consolo para pessoas doentes como, por exemplo, as crônicas
‘Bom-humor’ e ‘Vida Nova’.
O evento que
está sendo promovido pela Prefeitura de Macaé, através da secretaria Municipal
de Educação, tem recebido diariamente centenas de estudantes da Rede Municipal
de Ensino, de escolas particulares e de simpatizantes da literatura brasileira,
nos mais variados pavilhões oferecidos, tais como o Flic Kids, Geek,
Gastronômico, Espaço do Saber e do Conhecimento e Conexão de Saberes que
funcionarão até sábado (11) com entrada gratuita.
Animada com
o festival, a secretária de Educação Leandra Lopes tem participado ativamente
dos encontros com vários escritores, rodas de conversas, palestras e cafés
literários, entre outros. Para ela, a leitura é muito importante. "A
leitura é essencial para o desenvolvimento da escola e do aluno. Os estudantes
estão com acesso livre, mas convidamos também toda a família, pois a energia da
leitura contagia as crianças", pontuou a secretária.
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Jornalista
Lourdes Acosta
DRT/MTE 911MA
Macaé,
10/11/2023.