Coletivo de jornalistas realiza live sobre fake news


A Live visa alertar sobre a cegueira discursiva que tem afetado a seriedade do jornalismo 

“Fake news, pós-verdade e cegueira discursiva no WhatsApp” é o tema da primeira live do Coletivo de Jornalistas de Macaé e Região, na terça-feira 21 de julho, às 18h, no Instagram @coletivo_jornalistas.

“Em polarizações como a gerada pela pandemia de Covid-19, as pessoas pensam que debatem política no aplicativo, mas apenas trocam vídeos, discutem sem aprofundar os temas, levantam questões que ficam sem resposta e têm a ilusão de debater. É o que chamamos de cegueira discursiva”. afirma o jornalista Marcello Riella Benites, mestre em Cognição de Linguagem/Comunicação e TI pela Uenf, que idealizou a live.

Adriana Côrrea Porto, jornalista, mestre em Comunicação e Tecnologia da Informação e Cultura pela Uerj, entrevistará Marcello no evento virtual. Ela e Marcello são colegas no setor de Comunicação da Câmara Municipal de Macaé e membros fundadores do Coletivo.

“Trabalhamos juntos numa pesquisa que ele apresentou recentemente num encontro de pesquisadores em cibercultura. Queremos que essa seja a primeira de muitas lives, para discutirmos temas de comunicação e marcarmos o lugar dos jornalistas nos debates sobre mídia”, diz ela.

A jornalista e sindicalista Fernanda Viseu, uma das coordenadoras do Coletivo, lamenta o cenário de desinformação no mundo do WhatsApp. “Lutamos contra isso, promovendo o jornalismo de qualidade, com checagem de informações, buscando isso também em nossas interações no aplicativo”.

A seriedade do jornalismo é uma das instâncias mais afetadas pela cegueira discursiva, segundo Marcello. “Junto com o questionamento da ciência, isso provoca, no interior dos grupos, a tendência de tentar reescrever a história, com a negação de que houve ditadura militar no Brasil e que o ser humano não chegou à Lua, por exemplo”, afirma o pesquisador.

Apesar das duras constatações, Marcello diz ter esperança. “Queremos, apontando os limites da ferramenta técnica, resgatar os valores do diálogo autêntico, uma tradição que vêm da Grécia antiga, passando pelos ideais iluministas até as modernas propostas de uma comunicação voltada para o bem comum.

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Fonte: Assessoria de Imprensa do Coletivo.

Postado pela jornalista Lourdes Acosta

DRT/MTE 911/MA.

Macaé, 19/07/2020.


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