O Programa de Apadrinhamento do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), em parceria com a Prefeitura de Macaé, foi reativado no âmbito do município, nesta semana. Lançado em 2019, pela Coordenadoria Judiciária de Articulação das Varas da Infância e da Juventude e do Idoso (CEVIJ) e paralisado em 2020 em decorrência do ápice de permanência da pandemia do coronavírus, o programa volta à cena com a proposta de uma consciência solidária e atenta à necessidade de amparo afetivo às crianças e adolescentes acolhidos em instituições no Estado do Rio de Janeiro.
Executado pela Secretaria
Municipal de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade
(SMDSDHA), através da Coordenadoria de Proteção Social de Alta Complexidade, o
“Apadrinhamento” vem de encontro aos princípios e garantias previstos no ECA –
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069), que em seus artigos 19 e
19B garantem à criança e ao adolescente em acolhimento institucional ou
familiar participar de programa de apadrinhamento, dando-lhes ainda, o direito
de ser criado e educado no seio de sua família ou de família substituta,
assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu
desenvolvimento integral.
De acordo com a
coordenadora de Proteção Social de Alta Complexidade da SMDSDHA, Jéssica
Venanço, o programa é destinado a crianças e adolescentes que vivem em
instituições de acolhimento sem perspectivas de retorno à família de origem e
não possuem pretendentes para a adoção. Além disso, fortalece a convivência
familiar e comunitária desse público infanto juvenil em acolhimento, com
vínculos familiares fragilizados ou rompidos que possuem chances remotas de
adoção ou de reintegração familiar.
- O relançamento do programa
ativa as ações de acolhida familiar e de fato instiga as pessoas a amar e agir para realizar sonhos,
com o intuito de propiciar às crianças e adolescentes, em medida de acolhimento
institucional, com esperanças remotas de reinserção familiar e adoção, a
oportunidade de construir laços de afeto e apoio material, com possibilidades
de amparo educacional e profissional, com pessoas da sociedade civil que tenham
disponibilidade emocional e/ou financeira para se tornar padrinho-, ressalta.
Jéssica Venanço explica que
a continuidade do programa é essencial para garantir as relações interpessoais
e o convívio em sociedade - sendo este uma necessidade humana. “O que desejamos
é que essas crianças e adolescentes tenham experiências significativas e gratificantes
durante seu processo de acolhimento para que eles possam vislumbrar e alcançar
melhores perspectivas de ida futura, se tornando cidadãos de direito, capazes
de contribuir para uma sociedade melhor e mais justa”.
O Programa de
Apadrinhamento funciona em três modalidades: Apadrinhamento Afetivo –
visita regularmente o afilhado, buscando-o para passar fins de semana, feriados
ou férias escolares, proporcionando as promoções social e afetiva e revelando a
ele as possibilidades de convivência familiar e social saudáveis; Apadrinhamento Provedor –
oferece suporte material ou financeiro à criança e ao adolescente; Apadrinhamento Prestador de Serviços –
atende às necessidades institucionais das crianças e/ou adolescentes, conforme
a sua especialidade de trabalho, sendo um fornecedor de serviços médicos,
odontológicos, entre outros.
O secretário de Desenvolvimento Social, Mauro Torres disse estar confiante com
a reativação do programa que, segundo ele, possa refletir direta e
indiretamente na sociedade, pois o investimento material e o vínculo
socioafetivo poderão proporcionar a essas crianças e adolescentes
desenvolvimento saudável. “O que nós queremos é oportunizar a quebra do ciclo
da exclusão e da invisibilidade social, possibilitando a conscientização e a
construção de uma base mais sólida de cidadania”, assegurou.
As pessoas interessadas em apadrinhar ou amadrinhar podem ajudar doando seu
tempo, serviço ou suporte material. Para saber mais sobre o programa é só
entrar em contato nos telefones (22) 2765-2804 Cemaia I, (22) 2765-2812 Cemaia
II e (22) 2765-2815 Cemaia III, ou diretamente com a coordenadoria de Proteção
Social de Alta Complexidade, através do e-mail: programa.apadrinhar.macae@outlook.com.
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Comunicação SMDSDHA
Jornalista Lourdes Acosta –
DRT/MTE 911/MA.
Macaé, 22/07/2021.
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