Violência de gênero: palestra previne e alerta sobre o combate

 

Consultora de Direitos Humanos de Criança, Adolescente e da Mulher, Vivianni Acosta, alertou estudantes de Carapebus a combater a violência de gênero. O evento, em forma de palestra, ocorreu na tarde desta sexta-feira (29), no Colégio Estadual Thomaz Gomes, uma escola pública, de ensino médio e de educação para Jovens e Adultos. Na oportunidade, a palestrante, discorreu o tema “Reconhecendo e enfrentando a violência doméstica”. O evento acontece dentro dos 16 Dias de Ativismo, que se promove por toda parte campanhas globais pelo fim da violência de gênero e que começou na última segunda-feira (25), Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher.

Reforçando a luta por direitos e segurança, Acosta começou definindo a violência doméstica como ato abusivo cometido por uma parceiro íntimo, ou membro da família, visando controlar, ameaçar ou causar dano físico e emocional, comprometendo a intelectualidade e a dignidade da vítima. Ela abordou os tipos de violência – a física que inclui agressões corporais; a psicológica, que abrange humilhações e manipulações; a sexual que envolve coerções e a abusos e a patrimonial que se refere ao controle ou destruição de bens, entre outros.

- É preciso distinguir os vários sinais de alerta que podem indicar a presença de violência doméstica. Uma delas é a mudança comportamental, com o isolamento social ou o surgimento de lesões inexplicáveis. Ao reconhecermos esses sinais poderemos intervir e ajudar as vítimas a se protegerem -, ressaltou Acosta.

De acordo com a palestrante, a 10ª Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, feita pelo Instituto DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência (OMV) aponta o Rio de Janeiro, Rondônia e Amazonas, como os estados com maiores índices de mulheres que declaram ter sofrido violência doméstica ou familiar provocada por homem. “É possível diminuirmos a violência de gênero, promovendo mais educação, disseminado informações sobre o que é violência de gênero, apoiando as política públicas de gênero e reduzindo o acesso a armas. Além disso, precisamos apoiar as vítimas, criar programas de identificação e cuidado, e denunciar a violência de forma anônima ou não”. 

Para a técnica pedagógica Danielle Rosa, a palestra da consultora foi muito positiva e esclarecedora num momento em que a equipe enfrenta problemas cognitivos e de socialização, consequentes do período pós pandêmico na vida dos estudantes. “A palestra chegou num momento em que observamos oscilações de humor e indisciplina, suspeitando de situações de vulnerabilidade na estrutura familiar. Outro importante fator observado é a dificuldade nas interações entre os estudantes e entre eles e os professores, tais como indisciplina, intolerância, desrespeito, comunicação agressiva, impactando gravemente o ambiente pedagógico. Estas são algumas das causas que tornam tais palestras e momentos de troca e compartilhamento tão importantes”, explicou Danielle.

O evento contou com a participação da Patrulha Maria da Penha de Carapebus, que entre outras coisas, tem cuidado com a prevenção e combate à violência de gênero, visitando residências onde há registros de violência doméstica, oferecendo suporte emocional, jurídico e social às mulheres vítimas de violência e incentivando as denúncias de agressões, entre outras ações.

Disque denúncia - No Brasil, é possível ligar para a Central de Atendimento à Mulher, no número 180, que está disponível 24 horas por dia. Em caso de emergência, ligue para a Polícia Militar, no número 190.

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Jornalista Lourdes Acosta

DRT/MTE 911-MA

Carapebus, 29/11/2024.

"Socioeducação e Direitos Humanos” é tema de palestra para quem trabalha com garantia de direitos

“Socioeducação e Direitos Humanos”. Foi a palestra proferida pelo assistente social e professor do curso de Serviço Social da Universidade Federal Fluminense (UFF), Campus Rio das Ostras, Bruno Teixeira, para cerca de 50 profissionais, no auditório Cláudio Ulpiano, na Cidade Universitária. O evento, foi promovido pelo Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDDCA) de Macaé, em parceria com o Grupo de Trabalho referente à Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes em Conflito com a Lei (PNAISARI).

A programação foi aberta pelo presidente do CMDDCA, Leandro da Silva e pela vice-presidente, Monique Gouveia. Ambos pontuaram a necessidade de avanços em torno da temática e no trabalho realizado em rede pelo PNAISARI no que tange a saúde dos adolescentes enquanto em cumprimento de medidas socioeducativas.

O palestrante abordou o tema com alguns elementos que impactam o trabalho, como os aspectos históricos e os desafios que ainda se encontram presentes no cotidiano de quem lida com o adolescente que vive sob alguma sanção disciplinar. “Sugerimos aos presentes a possibilidade de reflexão sobre o sistema socioeducativo, para que a sociedade avance na direção de um sistema mais humano e que funcione nessa lógica pedagógica”, explicou.

Durante a abertura, o secretário de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade, José Neto, falou sobre a discussão do assunto que trouxe uma abordagem no contexto dos adolescentes em conflito com a lei. “Estamos com a participação de um colegiado importantíssimo hoje, em torno de um debate que merece atenção”, afirmou Neto, parabenizando a todos pelo trabalho desempenhado na área.
A consultora de Direitos Humanos de Criança e Adolescente, Vivianni Acosta, fez questão de participar do evento. Ela que também é palestrante e conhecedora de todos os artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e que muito tem contribuído na formação de Conselheiros Tutelares da Região, avaliou o encontro informativo. “Palestra muito produtiva. O Bruno trouxe questões de reflexão quanto às medidas socioeducativas e os direitos humanos, que nos fazem pensar de como nós estamos agindo enquanto sociedade e profissionais da área. Então, essas informações trazidas hoje aqui, contribuem no aprimoramento de quem lida no dia a dia com as questões da criança e do adolescente e a importância da formação continuada para estes profissionais”, ressaltou.

- A palestra de hoje foi informativa. Agora, dentro do nosso planejamento para 2025, nós teremos justamente um curso específico para os profissionais do sistema de garantias de direitos dentro do município de Macaé, englobando aqueles que pertencem à política pública de atendimento à criança e ao adolescente do município – educação, saúde, assistência social, segurança pública, esporte e cultura, turismo. Estamos ainda, indo para um outro patamar que é justamente a capacitação permanente de todos os atores pertencentes ao sistema de garantia de direito. Trata-se do Curso de Educação Permanente para profissionais do Sistema de Garantia de Direitos de Criança e Adolescente Vítima ou Testemunha de Violência”, revelou Leandro da Silva.

Segundo Leandro, a capacitação permanente é coordenada pela Universidade Livre (Unilivre), da secretaria Adjunta de Ensino Superior, através do Laboratório de Emoções, Afetos, Sociedade & Subjetividades (LEMASS), em parceria com o Comitê de Gestão Colegiada do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDDCA) de Macaé, Ministério Público (1ª Promotoria da Infância e Juventude de Macaé), Associação de Conselheiros e Ex-Conselheiros Tutelares do Estado do Rio de Janeiro - ACTERJ, dentre outras instituições.

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Jornalista Lourdes Acosta

DRT/MTE 911 MA

Macaé, 21/11/2024. 

Encontro incentiva mulheres a ocuparem espaços de poder e decisão

Na retrô desta semana trazemos a discussão entre mulheres promovida pela Câmara Municipal, requerimentos pedindo capoeira e artes marciais n...