De autoria
do vereador Cristiano Gelinho, do Cidadania, o projeto foi defendido por Luiz
Fernando (Cidadania), Márcio Bittencourt (Cidadania), Marcel Silvano (PT) e
George Jardim (PSDB), que justificaram o voto baseados nos possíveis impactos
sociais e ambientais que uma usina hidrelétrica pode causar.
Gelinho, ressaltou
que as pessoas querem um município fortalecido em sua economia com
empreendimentos de gás natural. “Querem uma hidrelétrica no distrito do Sana
(Região Serrana), mas a alternativa viável para lá é o turismo. Praticamente
toda a população também é contra e o prefeito garantiu que vai sancionar”,
disse.
De acordo com especialistas ambientais, apesar das usinas
hidroelétricas utilizarem um recurso natural renovável e de custo zero que é a
água, "não poluem" o ambiente, porém alteram a paisagem ocorrem
grandes desmatamentos provocam prejuízos à fauna e à flora, inundam áreas
verdes, além do que muitas famílias são deslocadas de suas residências, para
darem lugar à construção
dessa fonte de energia.
É sabido que
durante a construção de uma usina hidrelétrica muitas árvores de madeira de lei
são derrubadas, outras são submersas, apodrecendo debaixo d'água permitindo a
proliferação de mosquitos causadores de doenças. Muitos animais silvestres
morrem, por não haver a possibilidade de resgatá-los. Tudo isso, em nome do
desenvolvimento e conforto. Uma usina hidrelétrica leva em média 10
anos para ser construída e tem vida útil em média de 50 anos.
Além disso,
o Rio Macaé, que há décadas vem lutando por sua sobrevivência, não deverá suportar
mais esse impacto ambiental. Ele abrange grande parte (82%) do município de
Macaé e parcelas dos municípios de Nova Friburgo (onde estão localizadas as
nascentes), de Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Conceição de Macabu e
Carapebus, compreendendo cerca de 1766 km² e já sofre com o desgaste ambiental.
“O Rio Macaé resiste com a luta e participação pela preservação. O gesto da
Câmara de Macaé reforça toda a luta dos pesquisadores, técnicos,
ambientalistas, moradores das localidades próximas e tantos outros que tem
certeza da gravidade dos impactos para agora e para as próximas gerações”,
assinalou Marcel Silvano.
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Jornalista
Lourdes Acosta
DRT/MTE
911/MA.
Com informações
na Assessoria de
Comunicação da
Câmara Municipal de Macaé.
Macaé 18/09/2020.
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