Pingos e respingos ...Nos Direitos Humanos


 Precisamos lutar pelos nossos direitos

Para começar, precisamos saber que as características dos direitos humanos são universais (se aplicam a todas as pessoas), indivisíveis, interdependentes e inter-relacionados. O que significa dizer que não podemos separar um do outro, ou escolher quais serão respeitados e quais não. A violação de um deles é uma ameaça aos demais. Por exemplo, não posso abrir mão do meu direito à liberdade de expressão para que o direito à segurança seja exercido... Em resumo, ninguém pode ser superior aos outros, por nenhum motivo. Mas, na prática, não podemos dizer que somos todos tratados iguais. Ainda convivemos com racismo, machismo, desigualdade social, LGBTfobia, intolerância religiosa e diversos preconceitos, além da falta de acesso à saúde, educação, alimentação, saneamento básico, entre outros problemas sociais. E não é porque não somos todos tratados iguais que devemos nos conformar com isso, ou agir de forma passiva, pensando que “é assim que as coisas são” ...

Direito à vida, à liberdade e à segurança

Há 70 anos, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinada por 192 países que compõem ONU, recomendou 30 artigos que visam de maneira geral, garantir a liberdade, a justiça e a paz mundial. Um desses artigos diz que todos os seres humanos nascem livres, iguais em dignidade, em direitos e podem invocar esses princípios, sem distinção de raça, sexo, língua, religião, opinião política ou outra, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Um dos destaques é o direito à vida, à liberdade e à segurança (Artigo 5° da Constituição Brasileira). A escravidão e a tortura estão proibidas. E mais: Todos os seres humanos têm direito a igual proteção da lei, direito a asilo e à liberdade de movimento, pensamento, de consciência, de religião, de opinião e de expressão.

 

Direitos violados I

A violação desses direitos ocorre todos os dias. Em muitos países a questão dos delitos, infrações e transgressões à lei, são punidos com a perda da vida. A ONU diz que a pena de morte não tem lugar no século 21, mas, faz pouco para deter os criminosos ou ajudar as vítimas. A Anistia Internacional também se opõe à pena de morte considerando-a um castigo cruel, desumano e degradante, como uma violação grave do direito à vida. O Brasil não entra na lista de países com tal prática. Aqui, a pena de morte foi abolida para crimes comuns com a CF/88, sendo possível em somente uma exceção: crime de guerra. No entanto, a pena de morte não é a única forma de infração do direito à vida. Os conflitos entre nações, as guerras, o terrorismo, a criminalidade e a violência policial também ferem constantemente o princípio do direito à vida.

 Estupro de vulnerável I

O estupro de vulnerável é uma violação considerada como um dos crimes mais violentos do Código Penal, por isso, é considerado um crime hediondo. Caracteriza-se pela conjunção carnal ou qualquer ato libidinoso com menores de 14 anos (com e sem consentimento) ou com pessoas que, por enfermidade ou deficiência mental, não possuem o discernimento necessário para a prática do ato, bem como, por qualquer outra razão, não possa oferecer resistência. Este episódio estarrecedor que fere profundamente os direitos humanos, ocorreu na última semana no Rio de Janeiro e ainda repercute nas mídias sociais. É o caso do anestesista Giovanni Bezerra, preso pelo estupro de uma mulher na hora do parto...

  

Estupro de vulnerável II

... Para quem não acompanhou o caso, saiba que um grupo de funcionários do Hospital desconfiados do comportamento do médico, decidiu gravá-lo durante uma cesárea no último domingo (10). Eles colocaram um celular com a câmera ligada em um armário com portas de vidro. Ninguém acompanhou o procedimento, mas o flagrante foi possível a partir da gravação feita com o aparelho. Em depoimento, uma funcionária contou que o anestesista sedava "de maneira demasiada" as pacientes (a ponto das mulheres nem conseguirem segurar seus bebês após o parto). Giovanni foi indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.

 

 

Em defesa aos direitos I

Macaé saiu na frente dos municípios do Norte Fluminense na defesa pela humanização e direitos da mulher na hora do parto. Conforme já divulgamos, em parceria, os vereadores, Iza Vicente (Rede) e Reginaldo Oliveira (Podemos) protocolaram um projeto de lei sobre o enfrentamento da violência obstétrica. Isso ocorreu no dia 17 de maio e foi baseado em denúncias de que na rede de saúde privada, quase 90% dos bebês nascem por cesariana, diferente do parto humanizado, feito de forma natural, onde não é permitido intervenções como remédios ou técnicas de indução para apressar o parto, respeitando o tempo da mãe e do bebê. O enfrentamento à violência obstétrica, defende que nenhuma mulher passe por intervenções desnecessárias antes ou depois de dar à luz...

 

 Em defesa aos direitos II

É preciso ter clareza sobre a exploração sexual de crianças e adolescentes, que ocorre no Brasil numa média de quase 45 mil casos por ano (dados do Unicef), também é um crime hediondo, com pena de reclusão e sem direito a fiança. Essa defesa é feita pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que aniversariou nesta semana, completando 32 anos de existência. A consultora de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes, Vivianni Acosta, comemorou os ganhos desse importante instrumento de proteção e preservação dos direitos das infanto-juvenis, mas, ressaltou que num país como o nosso, tão marcado pela desigualdade social, falta muito para avançar. Ela alertou que ao suspeitar ou identificar alguma situação de violência e exploração sexual de crianças e adolescentes, não hesite e denuncie. A central do Disque 100 (Disque Direitos Humanos) recebe denúncias de abuso e exploração contra crianças e adolescentes diariamente, por 24h, inclusive nos finais de semana e feriados. As denúncias são anônimas e podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem direta e gratuita para WhatsApp: (61) 99656-5008.

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... Olha que notícia boa: A antecipação do pagamento dos salários aos 17 mil funcionários da Prefeitura de Macaé, para o dia 26 de julho e a regularização dos triênios (gratificação concedida aos servidores efetivos) que havia sido suspenso por força da Lei Complementar 173/2020, editada no início da pandemia do Coronavírus pelo Governo Federal.

 

... E o legislativo macaense, hein? Em recesso parlamentar neste mês de julho, convocou em caráter excepcional, duas sessões extraordinárias para o debate e votação de projetos.

 

... Uma nova legislação que assegura a INCLUSÃO, no município, e trata de demandas específicas referentes às pessoas com deficiência (PCD) está para sair da forma. Sob o comando da Procuradoria Geral da Prefeitura de Macaé (Leia-se Fabiano Paschoal), instituições preparam o projeto/lei que irá assegurar e promover, em igualdade de condições com as demais pessoas, o atendimento e garantia dos direitos das pessoas com deficiência, visando a sua inclusão social. Vamos aguardar!!

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Jornalista Lourdes Acosta - DRT/MTE 911 MA.

(editora/redatora e produtora)

Macaé/RJ, 17/07/2021.

 

 

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