Artigo opinativo: Deus acima de tudo!!!

 

Inútil. É o termo que se deve usar para o slogan “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, de Jair Messias Bolsonaro. Primeiro, porque usar o nome de Deus em vão nos é proibido em Êxodo 20, 7, que nos ensina o Terceiro Mandamento: "Não tomarás o Nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar seu nome em vão”; Segundo, porque apesar de utilizar o nome do nosso criador, também usou como bandeira de luta política as mentiras (fakenews), propagou o ódio e disseminou a falta de amor ao próximo e, terceiro, porque instigando movimentos ilícitos, criminosos e antidemocráticos não é declaração de amor ao Brasil, mostrando que nosso país não está acima de tudo!

O resultado dessa campanha de ódio que incentivou os adeptos a não aceitar o fracasso do seu “Messias” na tentativa de ser reconduzido ao cargo e à reeleição, a não aceitar a alternância de poder é a instituição do caos... Começaram com os bloqueios e atos que travaram rodovias federais em todo o país.

Informações procedentes da imprensa nos revelam que as paralisações de cunho golpista geram impactos que vão além do trânsito intenso. Associações de diversos setores da economia relataram problemas, que vão da falta de combustível a atrasos na produção de vacinas. Investigações da Polícia Federal mostram que os protestos não foram espontâneos, mas organizados por redes sociais em grupos de bolsonaristas no WhatsApp e no Telegram.

Pode anotar: As pessoas que articularam os atos ilícitos e as interdições de estradas serão identificadas! As apurações apontam que até parlamentares bolsonaristas podem estar envolvidos na operação para questionar o resultado das urnas. Embora o próprio presidente já tenha admitido a derrota oficial, o cinismo do perdedor é tanto, que ele vai à TV pedir a paralização, travestido de lobo em pele de cordeiro manso.

Isso, porque os bolsonaristas, os contrários ao resultado da eleição presidencial ainda estão se reunindo em atos antidemocráticos em frente às bases do Exército dos 24 estados e no DF, pedindo intervenção militar, o que é inconstitucional, e "intervenção federal com Bolsonaro no poder". No entanto, a polícia acompanhava os estados onde estão sendo registrados os atos. E pasmem: Em alguns locais, os bolsonaristas aparecem repetindo um gesto semelhante à saudação nazista "Sieg Heil", uma espécie de reverência, enquanto todos cantam o Hino Nacional.

Atos isolados também estão ocorrendo em várias parte do país. Aqui em Macaé, Rio de Janeiro, há também o registro da concentração de dezenas de bolsonaristas, em frente ao Forte Marechal Hermes, neste Dia de Finados, com palavras de ordem à intervenção militar, diante do resultado das eleições do segundo turno. “Eles desconhecem, que o Forte Marechal Hermes, foi dos últimos a se render ao Golpe de 64. E seu comandante, à época, Costa Braga, alertou e ajudou os Ferroviários no sindicato”, disse o jornalista e ex-vereador Marcel Silvano, nas redes sociais.

Mais recente, vimos também a sede do antigo Sindicato dos Ferroviários de Macaé, que hoje acolhe o Sindicato dos Professores da Rede Particular (SINPRO), sendo alvo de ataques antidemocráticos. A fachada do Sindicato foi alvejada por tinta verde e amarela, em clara alusão aos movimentos de extrema direita que não aceitam as forças democráticas vitoriosas nas urnas que elegeram Lula como presidente...

Precisamos amar a Deus sobre todas as coisas e não tomar seu santo nome em vão... Precisamos amar nosso país e nossos irmãos... Precisamos amar cada cidade e cada lugar em que vivemos... É preciso amar como se não houvesse o amanhã!!!

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Jornalista Lourdes Acosta

DRT/MTP 911 MA.

Macaé 03/11/2022.

Um comentário:

  1. Muito interessante a fundamentação bíblica pra refutar o pseudocristianismo do bolsonarismo de ultradireita. Duas sugestões pra deixar mais claro o absurdo erro desse charlatanismo supostamente cristão. "Meu reino não é desse mundo (Jo 18, 36)", disse Jesus quando os judeus esperavam dele um projeto político de libertação de Israel do domínio romano, ou seja, usurpação política da religião, como os discípulos do futuro ex-presidente fizeram nas igrejas; e "Guarda a espada na bainha! Não hei de beber o cálice que o Pai me deu ? ( Jo.18, 11)", quando o chefe dos apóstolos resistiu à prisão do Nazareno, ensinamento claramente contrário ao armamentismo do candidato derrotado em 30 de outubro.

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