Vereadores de Macaé aprovam reajuste de 6% aos servidores municipais

 

Por unanimidade, os vereadores macaenses aprovaram o Projeto de Lei do Executivo (PL 20/2023) que estabeleceu em 6% a revisão salarial dos servidores da Prefeitura de Macaé, com data retroativa ao dia 1º de maio. O PL também fixou o salário-mínimo na administração pública em R$ 1.400,20. A votação aconteceu nesta quarta-feira (24), sem nenhum debate e sob protesto de dezenas de trabalhadores e dos sindicatos (Sepe e SindServi) que ocuparam o plenário da Câmara.

Outro Projeto de Lei do Poder Executivo, o PL 21/2023, que instituiu 10% de revisão no auxílio alimentação, alterado de R$ 500 para R$ 550, foi aprovado. O auxílio refeição também foi submetido ao mesmo índice e passará para R$ 330, mas só fazem jus ao benefício os que recebem até R$ 2.700 de salário.

Ainda está incluso no PL 21/2023 o pagamento de um abono extraordinário, em cota única, no valor de R$ 2 mil. Inicialmente previsto para ser concedido em dezembro deste ano, entretanto, os vereadores aprovaram uma emenda antecipando o pagamento para julho de 2023. Além dos servidores da administração direta e indireta, terão seus vencimentos reajustado em 6% os inativos, pensionistas, comissionados, temporários e os agentes políticos.

Insatisfeita com o valor o reajuste, a servidora Roberta Martins fez coro contra o que ela chamou de falta de respeito ao servidor. “Macaé está bombando, com a falta de respeito ao servidor! A câmara acabou de aprovar o reajuste de 6%, que não cobre nem a inflação do último ano, quanto mais a defasagem salarial de anos. O Prefeito Welberth contou com a complacência de todos os vereadores, que não falaram nada e votaram juntos contra os servidor”, disse, enviando ainda, um recado ao servidor da educação: “Educadores não esqueçam que o vereador Michel e Guto se elegeram com os votos da educação também votaram contra nós”.

Outra servidora que também clama por uma reposição justa no salário dos servidores é a assistente social Kátia Ladeira, que participou ativamente da plenária na Câmara. Para ela a proposta não foi razoável. "Temos solicitado não aumento mas apenas o reajuste justo que não vem sendo reposto durante cerca de quase 10 anos. Estes reajustes não seguiram conforme orienta a lei, pois deve acompanhar a inflação. A proposta razoável que o servidor solicitou seria de ao menos 12% este ano. No ano passado recebemos o reajuste de apenas 5%. Com o aumento da alíquota de contribuição do servidor no MacaePrev de 3%, nosso reajuste, de fato, foi de apenas 2%. Este ano novamente amargamos nestes 6%. Temos um valor defasado do reajuste de cerca de 60% neste período. É vergonhoso", assegura.

Na mesma sessão, a Câmara concedeu revisão salarial nos mesmos moldes do prefeito Welberth Rezende (Cidadania): 6% de aumento nos vencimentos básicos e 10% nos auxílios alimentação e refeição para os colaboradores do Legislativo. Os PLs 51/2023 e 52/2023, ambos da Mesa Diretora, foram igualmente aprovados por unanimidade dos parlamentares. A partir de agora, o auxílio alimentação dos servidores da Câmara para a ser R$ 985,05 e o auxílio refeição para R$ 440,00.

Por ordem alfabética, veja a lista dos 17 vereadores que aprovaram e votaram a favor dos 6% como revisão salarial dos servidores da Prefeitura de Macaé: Alan Mansur (Cidadania), Amaro Luiz (PTRB), Cesinha (Solidariedade), Edson Chiquini (PSD), George Jardim (PSDB), Guto Garcia (PDT), Iza Vicente (REDE), José Prestes (PTB), Luciano Diniz (Cidadania), Luiz Matos (Republicanos), Marlon Lima (PDT), Paulista (Podemos), Paulo Paes (União Brasil), Professor Michel (Patriota), Reginaldo Oliveira (Podemos), Rond Macaé (Patriota) e Tico Jardim (Solidariedade).

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Jornalista Lourdes Acosta

DRT/MTE 911 MA.

Macaé/RJ, 24/05/2023.

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