O que comemoramos no Dia Mundial do Meio Ambiente?

A Eco 92 que estabeleceu a Agenda 21 e a COP28 com a Agenda 2030 são exemplos de contribuição que visam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a saúde do planeta, mas, cabe aos governos executarem políticas locais de ambiente.

Poluição, mudanças climáticas, tempestades, doenças respiratórias, concentração e má distribuição de renda, desmatamento e fome no mundo, são situações atuais que preocupam e que são geradas a partir de ações do próprio homem. Então, o que comemoramos neste dia?

É verdade que demos um salto quando há exatamente 33 anos, na cidade do Rio de Janeiro, foi organizada a I Conferência Mundial da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, a Eco 92, que reuniu 179 países. O evento foi um dos mais importantes que os ambientalistas produziram até então, para se debater e solucionar a saúde do planeta. Depois disso, produtos como a Carta da Terra, dezenas de declarações de compromisso e tratados entre Ongs e movimentos sociais de todo o mundo vêm norteando as ações em todos os países.

A Eco 92 tratou de questões fundamentais da existência e uma das partes que mais interessou foi exatamente o estabelecimento da AGENDA 21 LOCAL. Essa é a principal herança da Rio Eco, um compromisso assumido pelo mundo em 1992, onde constam quarenta capítulos, buscando meios de equilibrar a proteção ambiental com a justiça social, em uma forma mais sensata de desenvolvimento econômico.

Já a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28) foi a última conferência mundial sobre o meio ambiente, realizada em Dubai, Emirados Árabes Unidos, em 2023. A COP28 reuniu mais de 70.000 participantes e teve como objetivo promover a ação climática, especialmente a transição para energias renováveis, a mitigação das mudanças climáticas e a adaptação aos seus impactos. A controversa é que essa última cúpula climática da ONU, foi realizada em um Estado cuja economia é altamente dependente de petróleo e gás — os Emirados Árabes Unidos.

A Agenda 2030 é considerada uma evolução da Agenda 21, porque amplia seu escopo e reafirma seus objetivos, abordando desafios mais abrangentes ao adicionar novos objetivos. Como um documento, foi assinado por todos os países membros da Organização das Nações Unidas durante a Assembleia Geral que aconteceu no ano de 2015, e fixa novas metas para alcançar o desenvolvimento sustentável em escala global. Representa a reafirmação e ampliação dos compromissos feitos para a Agenda 21.

O Brasil tem demonstrado esforços significativos na busca por cumprir a Agenda 2030, que estabelece 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para o período de 2015 a 2030. Esses esforços incluem a criação de políticas públicas, a promoção da participação social e a revisão de leis para alinhar o desenvolvimento do país aos objetivos globais da ONU. Entretanto, enfrenta desafios significativos na implementação dos objetivos e na redução das desigualdades sociais. É fundamental que o país continue a investir em políticas públicas, a promover a participação social e a buscar a cooperação internacional para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável.

Em se tratando de conscientização ambiental, o município de Macaé atualmente, vem timidamente contribuindo para despertar na população a preocupação com as questões ambientais, com algumas ações e práticas sustentáveis, como o plantio de árvores ou a caminhada de estudantes feita nesta quinta-feira (5), por exemplo, numa trilha urbana do entorno da Lagoa Imboassica para o reconhecimento de campo das espécies nativa.  

Entretanto, é necessário que Macaé implemente o Plano de Ação para a Agenda Municipal 2030, já que os últimos governos do município não deram continuidade à Agenda 21. Este plano deve incluir metas e indicadores específicos para o município, alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Isso é urgente, porque a Lagoa Imboassica continua poluída, a bacia do Rio Macaé tem sido alvo de preocupações devido à instalação de termelétricas que podem aumentar as emissões de poluentes e a desigualdade social continua de vento em popa, na Capital Nacional do Petróleo e da Energia!!!

É preciso pensar global e agir local. É preciso amar o Meio Ambiente. É preciso amar a cidade em que se vive. É preciso amar Macaé!

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Por aqui Lourdes Acosta.

Jornalista Profissional

DRT/MTE 911 MA.

Macaé, 06/06/2025. 

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