A Flip reuniu um público diversificado de cerca de 40 mil pessoas, incluindo escritores, artistas, amantes da literatura, estudantes, professores, turistas e moradores...
Celebridades
do mundo literário e político do Brasil se reuniram neste final de semana, em
Paraty/RJ, para a 23ª Flip – Festa Literária Internacional de Paraty. Dentre os
diversos autores nacionais estiveram participando das diversas mesas de
conhecimento, a prata da casa - cinco escritores de Macaé, associados da
Academia Macaense de Letras (AML) – Nathália Andraus, Daiana de Souza, Rosana
Silva, Isac Machado e Jorge Luís.
O público
diversificado deste ano, cerca de 40 mil pessoas, incluiu escritores, artistas,
amantes da literatura, estudantes, professores, turistas e moradores de Paraty
para as mesas de discussão com autores. O objetivo foi celebrar a literatura,
promover debates, lançamentos de livros, atividades educativas e culturais,
além de ações de inclusão e acessibilidade, buscando criar diálogo com ações de
inclusão e sustentabilidade.
De acordo
com a professora mestre em cognição e linguagem e escritora Nathália Andraus,
estar na Flip foi sem dúvida a experiência mais inovadora que viveu nos últimos
tempos. “Fui convidada pelo Sebrae RJ para estar na Flip. Foi um esforço
pessoal, mas valeu todo o investimento que fiz. A feira é um espaço de
reconexão com a arte e a alma. É escutar pessoas famosas e autores
independentes, abrindo novos horizontes, é se sentir tocada com a literatura
que está também na música, nas ilustrações e nas posturas dos artistas. É um
encontro de culturas de vários cantos do país. Ser ouvida, com atenção e
acolhimento, foi outra experiência que não posso deixar de citar. Ver tantas
pessoas parando para me ouvir e perceber como posso tocar as pessoas com as
minhas palavras e minha arte, incentiva ainda mais o caminhar no mundo
literário”, assegurou.
Lançamento
de Negras vozes insolentes - A escritora, professora e poeta Rosana Silva,
lançou o livro de poesias “Negras Vozes Insolentes”, em Paraty. Um livro que
desnuda o ser mulher com sensibilidade, força e leveza ao mesmo tempo. Expõe e
dá voz a tantas mulheres que habitam em nós e são deveras silenciadas. “Em seus
versos abre feridas do amor que buscamos fora de nós e nem sempre nos acolhe em
nossa inteireza, dos desafios de ser negra neste país, do amor próprio que
muitas vezes demoramos a construir. Mães, filhas, avós, esposas, trabalhadoras
estão aqui, na luta da vida adulta, mas também no afeto, na compreensão, sendo
fortalezas e querendo colo. Os poemas expõem dores profundas do eu, acolhem e
curam na força coletiva do sermos nós”, ressaltou, completando que “participar
desta festa literária tem sido de uma emoção indescritível. Mas talvez, meu
medo fosse a solidão de uma escritora não conhecida do grande público não ter
apoio. Entretanto, o coletivo de escritores de Macaé apoiou uns aos outros e o
evento que já é lindo, diverso, cultural, ficou ainda mais literário e
afetuoso”.
O
envolvimento da escritora, roteirista e professora mestra em história/UFF,
Daiana de Souza se deu numa sessão de autógrafos do e-book ‘Amiga com piscina’,
romance que participa do prêmio Kindle ‘Vozes Negras’, na quinta (31/07), com o
Coletivo Escreviventes e na casa Kalundu, na mesa Inspiração Griot e literatura
infanto juvenil, com Simone Mota e Sinara Rúbia, no domingo (3/08). Ela é
autora do livro ‘Jornal dos Tigres’, que traz o encontro do menino Carlinhos
com a história do abolicionista José do Patrocínio. A escritora participou
ainda, da coletânea Quilombo do Lima com contos reimaginados a partir da obra
de Lima Barreto.
Já o
professor e escritor Isac Machado fez um lançamento triplo com os livros
“Histórias da bíblia para pregadores”, “Eu não sei dizer que país é esse” e
“Lula lá brilham muitas estrelas”. “Foi a minha quarta edição da Flip e minha
primeira experiência autografando. Nas anteriores, participei de saraus. Amei
mais essa experiência. A cidade inteira respirando cultura e literatura. O
encontro com os companheiros de Macaé foi um bônus de alegria”, pontuou. O
evento contou também com a participação do escritor, palestrante, pesquisador e
doutor em educação, Jorge Luís, que colaborou com mesas e lançou o livro
Teologias negra brasileira, na Casa Poéticas Negras.
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Por aqui
na edição e redação
Lourdes
Acosta /Jornalista Profissional
DRT/MTE
911 MA / Macaé 03/08/2025.
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